Cantor não se abateu pelo cansaço e fez o público pular durante uma hora e meia na areia -
Mesmo após enfrentar um voo longo de Madrid para o Brasil e ter pouco tempo para se recompor do bate-volta europeu, lá estava Michel Teló para mais um show em São Paulo. O destino da vez era São Vicente, com show marcado para começar as 21h.
De graça, na praia e com o público curtindo férias na Baixada Santista, não era para se assustar com a quantidade de gente e com o trânsito que se formaria para chegar a São Vicente em uma sexta-feira à noite.
O cantor chegou por volta das 21h no local e, mesmo aparentando muito cansaço, atendeu até a última pessoa no camarim, com calma e simpatia, antes de subir ao palco. Mesmo circulando no topo das listas mundiais, ele não perdeu a humildade dos primeiros shows solo, quando a decisão de cantar sozinho ainda era uma grande incógnita.
Michel Teló é astro internacional, diz site americano
Michel Teló investe fortuna em imóveis
Era pouco mais de 22h20 quando as cortinas se abriram e os acordes de Ei, Psiu, Beijo me Liga começaram. Dali para frente, impossível imaginar que Michel Teló estivesse pelo menos um décimo cansado. De um lado para outro no palco, o cantor pulou o tempo todo, sem perder a afinação e a animação.
Ele tirou do bolso os sucessos da carreira solo de 2 anos e meio, que já estão na boca do público, como a própria Ei, Psiu, Fugidinha e Humilde Residência, esta que faz parte do DVD Na Balada.
O álbum em 15 dias de lançamento, no final do ano passado, ultrapassou 68 mil cópias vendidas.
Inovando com a mistura de elementos eletrônico e a sanfona, ele não esquece as raízes e, no repertório, faz questão de colocar os modões de viola que marcaram gerações, como Saudades de Minha Terra e 60 Dias Apaixonado.
- Fico feliz de estarmos levando o sertanejo para o mundo.
Xaveco musical do sucesso Ai Se Eu Te Pego ganha resposta; ouça
Artistas e anônimos aproveitam sucesso do Michel Teló na web; veja as paródias
Com uma hora de show, Michel sai de cena e um vídeo começa a ser exibido com a repercussão de Ai Se Eu Te Pego pelo mundo.
Versões do hit em Israel, Espanha, Deserto do Saara, Portugal e com jogadores famosos começam a rolar nos telões como modo de dizer que ela enfrentou barreiras.
Quando Teló volta ao palco para cantar, um mar de gente o acompanha com a coreografia da "Macarena do século 21".
Michel Teló elogia Ivete Sangalo na TV portuguesa
Depois do momento que era o mais esperado da noite, o cantor dá início à micareta sertaneja, como num Carnaval antecipado que só precisava de um trio elétrico para ficar completo.
Quando chega Eu Te Amo e Open Bar, a aposta para suceder Ai Se Eu Te Pego na gringa, é a hora da balada. E, se alguém imagina que sanfona, neon e batida eletrônica não combinam, só resta mexer o corpo ao som da música de uma única frase. Afinal, ela contagia. É impressionante.
Na hora de chamar [com suspense] um amigo ao palco, o público abre o coro pedindo por outro ídolo: o jogador Neymar. Eles chamam o santista, na esperança da estrela do principal time da baixada aparecer. Não era. Era Henrique Marx, compositor de sucessos de Edson & Hudson, Bruno & Marrone e outros.
Mesmo sendo a estrela do momento, Teló não perdeu a humildade em ceder um espaço em seu show para alguém que não é famoso para o público. Mas, Teló não é só o loirinho do xaveco musical mais cantando no mundo e o sertanejo bom-moço. Ele também dá bronca no público.
Durante o show, várias pessoas miravam um laser verde para o palco, e ele reclamou ao final do show.
- Se é tão bom enfiar no olho dos outros, porque você não enfia no seu?
O show acabou poucos minutos depois da meia-noite e com o repeteco de Ai Se Eu Te Pego.
Desta vez, Teló colocou a versão em inglês no meio da letra. E, ao final da apresentação, já sem o cantor no palco, o público continuou na praia, dançando Eu Te Amo e Open Bar. E aí, será que pegou?
Nenhum comentário:
Postar um comentário